"mulheres nao sabem como amar,
ela me disse.
você sabe como amar
mas mulheres só querem
parasitar.
hahaha, eu ri.
por isso não se preocupe por ter terminado
com Susan
porque apenas irá parasitar
outro homem.
falamos um pouco mais
então eu me despedi
desliguei o telefone
fui ao banheiro
e mandei uma boa merda de cerveja
e basicamente pensando, bem,
continuo vivo
e tenho a capacidade de expelir
sobras do meu corpo
e poemas.
enquanto isso acontecer
serei capaz de lidar com
traição
solidão
unhas encravadas
gonorréia
e boletim econômico do
caderno de finanças.
com isso
me levantei
me limpei
dei a descarga
e então pensei:
é verdade:
eu sei como
amar.
ergui minhas calças e caminhei
para a outra peça."
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Perdida
"vou embora, ela disse. eu te amo mas você é
louco, um caso perdido.
ela apanhou a bolsa e bateu a porta.
provavelmente é algum distúrbio profundamente enraizado na infância
que me faz assim vulnerável, pensei.
então sai de casa e fui até o meu fusca.
dirigi para o norte pela western com o rádio ligado.
havia putas caminhando pra lá e pra cá
dos dois lados da rua e Madge parecia
mais perdida que
qualquer uma delas."
louco, um caso perdido.
ela apanhou a bolsa e bateu a porta.
provavelmente é algum distúrbio profundamente enraizado na infância
que me faz assim vulnerável, pensei.
então sai de casa e fui até o meu fusca.
dirigi para o norte pela western com o rádio ligado.
havia putas caminhando pra lá e pra cá
dos dois lados da rua e Madge parecia
mais perdida que
qualquer uma delas."
domingo, 16 de maio de 2010
É assim as vezes
"tenho que pensar na morte mais e mais
senilidade
muletas
poltronas
escrevendo poesia púrpura com a
caneta pingando
quando mocinhas com bocas
de piranha
corpos como limoeiros
corpos como nuvens
corpos como flashes de luz
pararem de bater à minha porta.
não se preocupe com rejeições, parceiro.
fumei 25 cigarros esta noite
e você sabe sobre a cerveja.
o telefone tocou apenas uma vez:
era engano."
senilidade
muletas
poltronas
escrevendo poesia púrpura com a
caneta pingando
quando mocinhas com bocas
de piranha
corpos como limoeiros
corpos como nuvens
corpos como flashes de luz
pararem de bater à minha porta.
não se preocupe com rejeições, parceiro.
fumei 25 cigarros esta noite
e você sabe sobre a cerveja.
o telefone tocou apenas uma vez:
era engano."
Filme ruim
"Às vezes, me sinto como se estivéssemos todos presos num filme. Sabemos nossas falas, onde caminhar, como atuar, só que não há uma câmera. No entanto, não conseguimos sair do filme. E é um filme ruim."
sábado, 15 de maio de 2010
Sumiu
Capítulo 42 (Factotum)
(...)
- Dia desses - eu disse a Jan -, quando eles demonstrarem que o mundo tem quatro dimensões em vez de três, um homem poderá sair para uma caminhada e desaparecer. Nada de enterro, nem lágrimas, nem ilusões, nem paraíso ou inferno. As pessoas estarão sentadas numa roda e dirão: "O que aconteceu ao George?". E alguém responderá: "Bem, sabe lá. Ele disse que ía comprar cigarros".
(...)
quarta-feira, 5 de maio de 2010
O amor
“O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.”
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